" Uma tarde amena,...

Lido muito mal com a morte, passaria a eternidade vivendo sem nenhum problema.
Me dá a maior tristeza saber da existencia de tanta coisa que jamais poderei ver em vida.
Me especializaria em todo tipo de profissão, escutaria todas as musicas e de todos os tipos,

visitaria todos os lugares da cidade (...) Mas quase não temos tempo, quase não vivemos.
- Caroline França -

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Eu e minha mania patética de querer ser normal.

Perguntaram-me hoje sobre as minhas manias, quais são elas e se realmente me incomodam. Por incrível que possa parecer, passei algum tempo pensando e não consegui responder. Aliás, passei muito tempo pensando no assunto... Tenho mania de mexer no cabelo quando não sei o que fazer com as mãos, mania de olhar pros lados quando me deixam encabulada ou me sinto desconfortável, mania de limpar o fogão umas 30 vezes antes de cada refeição. Mania de ler horóscopo, de falar alto, chorar de raiva. Mania de ficar olhando as horas, de dormir no escuro absoluto, ficar arrumando simetricamente as cortinas. Mania de imaginar situações que, sinceramente, jamais conheceriam na vida real, de ensaiar discussões mentalmente, de mudar drasticamente de humor repentinamente, de começar o banho sempre pelo cabelo. Mania de planejar cada segundo da minha vida, de fazer besteira e pensar “melhor do que nada”, esperar surpresas dele mesmo detestando surpresas. Mania de escrever fazendo careta, de inventar explicações para tudo, dormir com medo de não acordar com o despertador, conferir se as canetas têm tampa (de-tes-to caneta sem tampa!)... E depois de um bom tempo, cheguei à conclusão de que essa minha mania de ter muitas manias está ficando séria!

(Caroline França)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Hope.

Natal e passagem de ano são as melhores e piores épocas do ano, pelo menos assim acredito. Piores, pois, tudo ao redor exala sentimentalismo, as pessoas ficam mais reflexivas, compreensivas e cheias dessa síndrome de “todos se amam”. Muito característico da época.  Chega a ser até um tanto quanto hipócrita, se analisarmos a parte onde todos nós fingimos esquecer as diferenças, brigas, indiferenças e confusões. O problema está no fato de que, passadas as festividades, voltamos aos seres humanos imperfeitos de sempre. Até o final do ano seguinte, claro.

Não que isto seja de todo ruim, auto reflexão é sempre importante, independente da época do ano, mesmo que com prazo de validade de 30 dias aproximadamente. Mas a parte boa de tudo isso é que, realmente, uma análise franca dos 365 dias passados, faz um bem danado. Este ano, por exemplo, acredito ter alcançado coisas incríveis. As fitas com cores coloridas para sorte, esperança, amor e afins, usadas todos os anos, podem não ter tido efeito prático, mas o psicológico fica cheio de esperança, e numa expectativa que só vendo.

Em 2011 viajei, orei e fui ver o mar. Chorei, meditei e vi o sol nascer algumas vezes. Conheci pessoas maravilhosas, e algumas não tão maravilhosas assim. Estudei, brinquei, briguei e esqueci-me do mundo por duas vezes. Conheci-me cada dia um pouco, perdi-me também em alguns momentos. E as risadas foram inúmeras, daquelas de perder o ar e a barriga doer, daquelas que fazem a gente ver que valeu tanto a pena ter nascido... Apaixonei-me e vivi coisas lindas, coisas as quais serei eternamente grata. Eternamente. E isto tudo sim, não tem preço!

As coisas podem e vão continuar sendo assim, todos os finais de ano. E eu continuarei agradecendo. Agradecendo por todas as pequenas conquistas diárias, pelos dias de sol e ainda mais pelos de chuva. Por cada sorriso arrancado de mim e por toda lágrima que se fizer presente. Por cada pessoa que cruzar meu caminho e, principalmente, por cada pedaço de si que deixarem de mim. Agradecerei por cada festa, por cada amigo, cada irmão que ganhei. Por respirar, por poder viver, por ter para quem e por quem viver... Que o ano de 2012 venha repleto de surpresas, diversas emoções, inúmeras conquistas, incontáveis amigos... Que abra muitas portas. Mas que abra, primeiramente, as do meu coração.


(Caroline França)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"Tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço."

Há dias que tudo para. Tenho vontade de dormir o tempo todo, mas não tenho sono, e quando tenho, não consigo dormir. Pensar na rotina do dia-a-dia me enjoa. Até as coisas que mais amo fazer trazem-me tédio. Tudo fica insuportavelmente monótono, as pessoas incrivelmente vazias e os dias inaceitavelmente quentes. E eu canso, canso de tentar, canso de fazer qualquer coisa, canso de não ter tempo para fazer outras coisas, canso! E é aí, no exato momento em que estou prestes a explodir, prestes a desistir, que surge aquele motivo. Aquele que traz flores todas as manhãs. Aquele que há um tempo havia se excluído na tentativa de me permitir ser feliz, sem saber que na verdade, me fiz triste em sua ausência. Aquele primeiro motivo. Aquele que me promete diariamente estar presente, e eu já havia esquecido como é sentir-se desta maneira. Aquele que esteve presente nos melhores e nos piores momentos, e hoje apenas pede permissão para fazer, novamente, parte dos meus dias, dos meus sorrisos e do meu querer. E permito. Permito-me viver hoje e só hoje. Não quero nada pré-determinado, não quero contratos, não quero rotina, não quero nada que me manipule, me rotule ou que me prenda! Quero qualquer coisa que me faça melhor, me permita fazer loucuras, que me faça perder o ar. Quero ser o melhor que puder, e ter o máximo do que merecer. Mas quero hoje, e só hoje!

(Caroline França)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Happy Bday!

Hoje, dia 27 de Outubro de 2011, completo dezenove anos de idade. Confesso que o número não me agrada, aliás, envelhecer nunca me agradou em nada. Ser adulto deve ser um troço chato que só vendo! Tenho tanto tempo para me tornar uma adulta, por que começar agora? Por que logo agora?! Nem pisquei e já estou completando quase duas décadas de vida.

Escuto a todo o momento que a partir de agora o tempo voa. Escutei pelo menos sete vezes hoje, e discordo. Sinto que o tempo voa desde o momento em que se nasce. É inacreditável a falta que sinto dos churrascos em família que ocorriam a todo domingo, das brincadeiras e até das broncas que nós, primos, levávamos por pular nas camas, pelo barulho ou por irmos dormir tarde acreditando ser esta a maior travessura de todas.

E então crescemos, e algumas coisas se perderam. Sei que as coisas têm de ser assim, coisas velhas precisam deixar de existir para que novas surjam. Ainda assim, daria um ano inteiro de minha vida para reviver um domingo de minha infância.

Contudo, da mesma forma que me entristece envelhecer, muito me orgulha ver a pessoa que me tornei e orgulho-me ainda mais do que construí. Hoje, sinto-me um ser humano completo, tenho uma família maravilhosa, amigos de verdade, um lar equilibrado e saudável, irmãos inestimáveis e pais mais dedicados e felizes que os meus não existem. 

Possuo também inseguranças, medos, preocupações, paranóias e problemas... Quem não os possui? Mas também tenho a certeza de que muito abençoada fui, muito abençoada sou e não mudaria um só segundo do que vivi até o dia de hoje. Até o que deu errado deu certo pra mim, quero dizer, aprendi com meus acertos, mas amadurecer com nossos erros é inegavelmente impagável.

Espero poder errar muito ainda e procuro aproveitar tudo da melhor forma possível, pois certamente, estes também serão tempos extremamente nostálgicos. Também não planejarei tanto o futuro, nem tudo o que eu quis aconteceu, nem tudo o que eu imaginei deu certo, então, que as coisas simplesmente aconteçam. Que tudo simplesmente aconteça para mim, amém!


(Caroline França)

domingo, 16 de outubro de 2011

Priceless...

Nunca fui de acreditar em certas coisas, mas sempre acreditei muito na existência de pessoas que, por algum motivo, aparecem em nossas vidas e temos a certeza de que já as conhecíamos de algum lugar. E foi assim, em um dia normal, em uma tarde ensolarada, que eu a reconheci.

Acho engraçado o jeito como as coisas que são de verdade, aquelas que foram feitas na medida certa para acontecer, fazem tanto sentido depois de algum tempo. Eu não poderia imaginar quão importante ela seria e muito menos quanto me ensinaria desde então.

Amizade se conquista e se constrói, as coisas foram acontecendo aos poucos e certo dia a vi chorar, foi quando ela me contou mais sobre sua vida e eu também senti vontade de chorar, não de tristeza, isso não, senti vontade de chorar de tanto orgulho! Orgulho de saber que não estava enganada, ela é realmente um presente maravilhoso que Deus me deu.

Ela tem meu orgulho, meu carinho, confiança, amizade e meu amor. Vejo nela coisas tão raras... As pessoas perderam a noção do que é realmente importante para se viver, e ela que tinha tudo para que isso acontecesse, sempre soube. Espelho-me e tenho a certeza de que se conseguir ser só um pouquinho do que ela é, serei a pessoa mais feliz desse mundo.

Mesmo com todas as dificuldades que passou, ela ainda consegue ser imensamente agradecida; mesmo com toda ausência que sempre sofreu, ela ainda é toda feita de amor; mesmo com todas as lágrimas que chorou, ela tem o sorriso mais doce que já vi na vida... O que sinto por ela ainda não tem nome, é muito mais do que qualquer coisa que se defina.

(Caroline França)

domingo, 9 de outubro de 2011

Homem é mesmo essa coisa tosca. É pegar ou pegar.

Se ele não atende o celular, na certa está fazendo coisa errada e está tentando ocultar as provas do crime. Se ele esquece o aniversário de namoro, é bom tratar de arrumar um ótimo presente como pedido de desculpas. Você mostra duas opções e, assim que ele escolhe você fica com a segunda opção, porque é claro que ele definitivamente não entende que a cor do batom está diretamente ligada à maquiagem e à roupa e, sempre faz a escolha errada.

Ele obviamente não entende quando você não quer sair porque seu cabelo acordou daquele jeito, e não aceita que a única coisa que ele deveria dizer ao invés de reclamar é como você está linda. É comprovado que elogios durante o dia resultam em uma mulher mais dedicada e carinhosa, mas parece que ele faz questão de não reparar no novo corte de cabelo ou na tintura que você usou e esperou por horas intermináveis no salão de beleza até tudo ficar pronto.

Na certa ele deveria saber que nos dias de TPM, não deve permanecer tão perto, mas também não deve ficar tão longe a ponto de você precisar despender tempo ligando para a criatura, apenas para saber onde o ser se encontra. Se ele vai para o futebol com os amigos, é bom te levar para jantar durante a noite, se não, que durma com os amigos também.

Você reclama de outra mulher e, ao invés de te apoiar, ele resolve defender a “pobre coitada que nunca te fez nada”, na certa está tentando cometer suicídio, mate-o e estoure o cartão de crédito, dele, claro.

Mas incrível mesmo é perceber que estas situações ocorrem frequente e repetidamente, e o "sexo forte" não percebe e ainda diz que as mulheres são difíceis de lidar. Mais incrível mesmo, é ver como mesmo com todos esses erros grotescos, mesmo não entendendo absolutamente nada, mesmo sendo extremamente ogros em grande parte do tempo, como são precisos os homens.

Não conheço uma única mulher nesse mundo que não tenha quisto se sentir amada, que não tenha se sentido o máximo ao receber convites para jantar, que não tenha suspirado com mensagens de amor durante o dia, ou que não ficasse mais furiosa ainda quando, durante uma discussão, ele não toma a atitude de beijá-la antes que ela o mande embora. Homens são, definitivamente, essa coisa tosca. Essa coisa tosca extremamente necessária.



(Caroline França)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Quanta gente chata! Quanta coisa morna! Creio que me contemplaram exacerbadamente com paciência, compreensão, calma, cautela, tranquilidade... O problema é que a entrega foi extraviada, grande coisa!

(Caroline França)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Desconheço amor tão covarde"

Você faz essa cara de “Não me importo” tentando me convencer de que não sente falta, que não me vê em cada pequeno detalhe dos seus dias, que não fantasia o que poderia ter sido e feito, mas não foi.

Tenta me convencer de que existem coisas mais importantes e bem mais interessantes acontecendo em sua vida, que não tem saudade, que não mudou em nada e que muito pouco ou quase nada lhe interessa saber o que se passa aqui.

Tenta me convencer de que está feliz, que é feliz, que não há nada para se preocupar, que não sente vontade de chorar, que o coração está tranquilo e iguais a mim é capaz de encontrar sem que seja se quer necessário procurar...

E eu assisto e consigo até dar risada, fingindo que não vejo, fingindo que acredito, fingindo que é bobagem, fingindo que também não finjo.

(Caroline França)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena remar. Re-amar. Amar."
(Caio F. Abreu)

domingo, 18 de setembro de 2011

Eu, você e todo mundo.

Eu sempre quis entender essa coisa que faz a gente querer ficar empacado, em algum canto da memória. Essa coisa que nos atinge, que nos comprime e nos diminui. Que fascina, convence e culpa. Ah, culpa. Que traz gargalhadas de saudade, beijos com sabor e até pele perfumada.

Quis entender como pode o passado estar tão impregnado em cada milésimo do futuro, como o que foi parece sempre ter mais espaço do que o que virá. Quis entender como a fé se torna escassa quando se precisa acreditar num futuro tão melhor, como há falta de coragem para dispersar o medo que se tem de andar pra frente.

Como se possui tanta descrença?! Ou melhor, como deixar de possuir tamanha descrença?! Magnífico isso de se agarrar em cada topada, em cada insucesso, em cada erro e sentir saudade do que o orgulho ferido faz questão de gritar.

São tantas as coisas que nos prendem, cada meio amigo, cada meio sorriso, cada meio amor... Mas o pior disso tudo é que a gente gosta de sofrer meio doendo, meio chorando, meio querendo.

(Caroline França)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um quase eu, meu quase seu.

E mais uma vez, não faço ideia do que se passa. Não faço ideia do que fazer. Nem tão pouco se há ainda algo esperando para ser feito. Logo eu, que sempre soube responder a tudo, sempre soube ver o que ninguém mais podia e/ou queria ver, fiquei sem palavras. Ou o que é ainda pior, não quis procurar as palavras certas. Não pude.

Pergunto-me se eu poderia mesmo ter mudado o rumo dos acontecimentos, e se tivesse, quantos rumos a mais teria que alterar? Até quando me permitiria? Até quando alguém permite ver sua vida mudar, seus desejos e crenças pessoais mudarem por um único propósito incerto? Não foi por falta de vontade, não foi por falta de amor, não foi por falta de esforço. Isso nunca. Posso não ter dado ações que te dessem certeza, mas nunca menti para que tivesse certeza da dúvida.

É mesmo tão errado admirar as pessoas pelo seu caráter, responsabilidade, senso de justiça? Ou talvez por sua incapacidade de prejudicar alguém para alcançar objetivos, honrar pais, respeitar o espaço alheio? Será mesmo que é errado querer alguém que pense nas outras pessoas, que saiba que conquistar é preciso, que seja bom de verdade, que aprecie as coisas mais simples? Ou que apenas saiba aceitar os próprios defeitos sem que antes precise gritar em voz alta os defeitos alheios?

Que fique claro que aqui, não falo de você e muito menos estou querendo apontar qualquer coisa. Falo de mim, dos meus desejos, das minhas expectativas, do meu querer. Devo mesmo ter andado a vida toda por um mundo pessoal, um mundo onde as coisas são tão mais simples, onde as pessoas são tão mais reais. Eu me vi em algo totalmente novo, que me conquistou, me prendeu e me negou.

Eu quis. Quis mais do que poderia, mais do que deveria. Esforcei-me, mudei, te mudei. Acreditei, vivi e sonhei mais alto do que jamais havia feito antes. Mas de repente, me vi por dentro, me escutei, me precisei. Eu estava em algum outro lugar e não percebi minha ausência. Fui metade eu e metade algo que acreditei que precisasse ser. Não é culpa minha, nem sua, nem dos outros. Apenas não é.

Por incrível que possa parecer, preciso de mim agora. Preciso me conhecer, me perceber, me amar. Tenho tantos sonhos, e por algum motivo você ainda está em muitos deles. Quero-te bem. Quero-te muito bem. Quero-te aqui. E entendo a dificuldade do meu desejo, mas por mais fraca que eu possa ser, aprendi que 'sempre' não existe e 'nunca' não pode existir. Vejo-te em breve. Vejo-te muito em breve.

(Caroline França)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Me encanta.

Há tempos não acordava tão bem, tão sorridente, tão disposta. Disposta a ouvir e falar. Buscar e esperar. Querer sem precisar. Te estudar, te conquistar. O teu eu me faz bem, tua simplicidade me complica, teu sorriso me constrange. Aquilo tudo aconteceu mesmo ou foi eu, que distraída, te sequestrei em pensamento? Acontece que hoje, mais do que qualquer coisa, de repente, uma velha música resume tudo: "Permita que o amor invada sua casa coração, que o amor invada sua casa coração..."

(Caroline França)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Quase morrer não muda nada, mas morrer muda tudo."

Eu já deveria ter me acostumado. Contaram-me que seria assim. Mostraram-me que nada poderia ser feito. Tentaram desistência forçada. E ainda assim não acreditei, neguei-me a aceitar. Imaginava que a morte, por ser algo mais do que natural, não me afetaria. Quanta insensibilidade a minha! Quanta ingenuidade a minha!

Tenho loucura pela vida! E é exatamente por isso que me sinto tão insignificante ao ver uma vida se perder sem poder fazer nada. Ah, como dói o nada! Jamais imaginei que poderia existir sentimento igual, indescritível, inigualável, chega a ser quase como uma dor física. E única coisa que pude realizar, em um ato de conforto pessoal, foi desejar "Boa viagem, descanse em paz”.

Após uma retirada estratégica, permiti-me passar algum tempo nos corredores, observando a movimentação, e percebi então o que me diziam. A cada vida que ver partir, verei um pedaço meu implorar por socorro. Acreditem, é necessário muito mais força do que se imagina para conviver com a morte assim, tão silenciosa, tão constante, tão triste.

Quem sabe de hoje até a estação das flores, eu me acostume. Talvez me torne mais serena, mais insensível, talvez passe a encarar a morte com um quê de indiferença. Mas jamais me esquecerei do sentimento que vivenciei no dia de hoje, exatamente como disse Friedrich Nietzsche, sou um ser "Humano, demasiadamente humano!”.

(Caroline França)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deve ter razão de ser.

Sou extremamente habilidosa em bagunçar e dispersar as coisas mais lindas. Chega a ser quase como um hábito involuntário. Cheguei a culpar Deus pelo sentimento que cultivo em mim, ou melhor, pela dúvida sobre qual real sentimento reside em mim no atual momento. Seja lá o que for ou signifique, só não se esforce tanto em se afastar, querido.
(Caroline França)

domingo, 31 de julho de 2011

Converso comigo e escrevo. Assim consigo me ouvir melhor.

Nada melhor para fazer. Aliás, milhares de coisas desinteressantes para fazer e eu decidindo ler cultura inútil: horóscopo, mapa astral, ascendentes, cartas e inferno astral... Por fim descobri que de hoje até dia 29/09 meu espírito estará mais egocêntrico e buscando coisas novas, minha necessidade de vencer estará em alta, meu signo está na casa de Marte e me engana que eu gosto, me engana que eu gosto...

A questão é que mesmo sabendo que todos os meus achados não passam de charlatanismo barato, ainda assim leio. Por quê? Guia básico de sobrevivência. Necessidade de ler qualquer coisa que possa dizer mais sobre mim ou qualquer coisa que pareça otimista o bastante para melhorar o estado de espírito.

Se conhecer é algo difícil, por vezes doloroso e incômodo. Reconhecer os próprios defeitos pode ser frustrante, mas aceitar a condição "defeituosa" do ser humano, uma hora passa a ser vital. E isso não basta. Doce ilusão crer que as pessoas irão te aceitar da forma como é, acredita ou transparece ser. Acreditar nisto é parar no tempo, retroceder e permanecer em constante estado utópico. E pasmem, lidar com todos estes conflitos internos e externos se chama viver em sociedade.

Pessoas são pessoas, desprezíveis ou não. Todos somos diferentes e será impossível encontrar alguém que seja exatamente como desejamos ou idealizamos. Nossos planos e expectativas devem ser construídos e emoldurados em cima de pessoas reais e não o contrário, não devemos tentar encaixar pessoas em nossos moldes pré fabricados pois nunca vão se encaixar perfeitamente. E é nessa hora em que percebemos a necessidade de mudança.

Acredito no ser humano e em suas falhas, mas acredito ainda mais em sua capacidade de mutação. Entretanto esta não ocorre de forma fácil, clara ou indolor, muito pelo contrário, mudar dói. O ser humano é acomodado, me incluo nesta constatação. Não se altera sem alguma necessidade, mudamos quando precisamos mudar, quando notamos o preço a ser pago caso a mudança não se dê, quando ocorre auto-reflexão e realmente acreditamos nos benefícios a serem acarretados a partir da mesma. Caso contrário, fazemo-nos desentendidos, mais fácil e não nos custa nada em princípio.

Desde sempre aprendi que devo escutar as críticas e, mesmo desacreditando, devo refletir sobre o que foi dito e levar em consideração a opinião alheia. Tornei-me alguém melhor e acredito estar em constante evolução. Algumas pessoas não acreditam nisso, as vejo pouco inteligentes, o que se perde na busca de se olhar verdadeiramente, sem mascarar ou disfarçar os desvios de caráter, justiça e talvez bondade? Penso que é necessária maturidade para tanto, e isso não tem a ver com idade. Cada qual tem seu tempo de se auto descobrir, se bastar, de não precisar estar sempre em turma, namorando ou na companhia de alguém evitando estar só consigo mesmo.

Também estou aprendendo, amadurecendo e tratando de agregar valores à tudo que se faz importante, porque até o que não tem vida pode ter serventia se trabalhado de forma correta.


(Caroline França)

domingo, 17 de julho de 2011

Não se preocupe, a beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos.

Sabe quando você assiste a um filme que aparentemente fala tudo a seu respeito? O engraçado dos filmes de romance é que eles são iguais àquelas modelos magérrimas que você olha nas revistas e sente até uma pontadinha de inveja por serem tão perfeitas e parecerem tão seguras e felizes, mas acontece que elas não passam de figuras trabalhadas por um único Deus: Photoshop. São inexistentes.

Do mesmo jeito que não existe mulher sem celulite, não existe sempre final feliz. Esse papo tolo de dizer que se não está tudo bem é porque ainda não acabou, me parece história de
gente preguiçosa que prefere se acomodar com as situações e usa provérbios pra justificar sua falta de iniciativa.

Somos todos tão ansiosos que deixamos de ver as inúmeras possibilidades que se mostram todos os dias. Quero dizer, com tantas pessoas no mundo, porque chorar por aquele sacana que mentiu, te traiu ou simplesmente sumiu? Se formos responsáveis pelos sentimentos que atribuímos aos outros, o que nos impede de “desatribuir” e dar a outro alguém? Existem tantos alguém por aí. Isso acaba virando carma de novela mexicana.

Acontece que somos um tanto quanto masoquistas também, amores não correspondidos,
ciúme e amores platônico
s dão aquele tempero todo especial, deixam a vida movimentada, a cabeça ocupada e o coração vivo.

Sofrer também é preciso e faz um bem danado quando passa, quando ganhamos um amor novinho, daqueles que te deixam acordada por noites e você passa horas pensando na roupa que usará para encontrá-lo. E é então que percebemos que são os desamores que nos ensinam que existem pessoas muito especiais e é possível ver anjos em todos os lugares, basta reconhecê-los.

(Caroline França)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Flores de plástico não morrem.

Eu não chorei. Nem quando veio, nem quando foi. Não chorei quando a única coisa que eu quis ouvir era o que você não teve coragem de me contar, e eu quis matar você por isso. Não foi essa mentira em si, foram todas as possíveis verdades que se anularam por conta da mentira em questão. Digo possíveis, pois já não convém crer ou descrer nas mesmas.

E ainda com todos os talvez, eu não chorei. Nem uma lágrima, nem um soluço se quer. E é por isso que tenho vontade de te bater cada vez que passo pelo banco onde amava estar com você, cada vez que tomo suco de pêssego que detesto e você adora, ou cada vez que alguém reclama de coisas insignificantes como você gostava de fazer. E mesmo com todas essas coisas insuportáveis gritando em minha cabeça sobre quão cheios de você estão os meus dias, eu não chorei.

Esta noite, disquei seu número centenas de vezes, por infelicidade não adiantou apagar seu telefone do celular, já que não consegui esconder da memória mais este resquício de você. E não liguei! Por que ligaria? Aposto que sua covardia não o deixaria atender e seu orgulho o mataria se fizesse.

Aí então, sentada na cama, com um silêncio ensurdecedor e uma nostalgia doída, chorei. Chorei como criança, por me odiar ao sentir sua falta, ou por querer te amaldiçoar a cada vez que pensar em qualquer outra coisa senão em mim. Chorei como agora, ao escrever como você já não tem nada a ver comigo, e mais nada a ver com isso.

(Caroline França)

sábado, 19 de março de 2011

Ultimamente, demasiadamente humana.

Sempre achei desnecessárias as preocupações com coisas passadas, coisas que mudaram, hábitos deixados de lado, pessoas que sumiram e todas essas coisas intimamente insuportáveis. Sustentava-me na teoria de que se todos um dia vão seguir sua vida independente da minha, seria muito mais fácil se apenas as desse o que merecessem de mim, sem sentimentalismo exacerbado.

Mas quem diria, cá estou, com uma nostalgia que me tem tirado o sono por noites a fio. Quem foi que decidiu que as coisas mudariam tão de repente? Ok, tudo bem, não foi tão de repente assim, mas não achei que seria tão irritante a forma como cada pedaço da minha mente sente falta do que jamais voltará a ser igual.

(Caroline França)

sábado, 29 de janeiro de 2011

“Algumas guerras nunca terminam. Algumas acabam em tréguas desconfortáveis. Algumas guerras resultam em total e completa vitória. Algumas guerras acabam com paz. E algumas guerras acabam com esperança. Mas todas essas guerras são nada comparadas com a mais assustadora de todas: aquelas que você ainda tem que lutar”