" Uma tarde amena,...

Lido muito mal com a morte, passaria a eternidade vivendo sem nenhum problema.
Me dá a maior tristeza saber da existencia de tanta coisa que jamais poderei ver em vida.
Me especializaria em todo tipo de profissão, escutaria todas as musicas e de todos os tipos,

visitaria todos os lugares da cidade (...) Mas quase não temos tempo, quase não vivemos.
- Caroline França -

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um quase eu, meu quase seu.

E mais uma vez, não faço ideia do que se passa. Não faço ideia do que fazer. Nem tão pouco se há ainda algo esperando para ser feito. Logo eu, que sempre soube responder a tudo, sempre soube ver o que ninguém mais podia e/ou queria ver, fiquei sem palavras. Ou o que é ainda pior, não quis procurar as palavras certas. Não pude.

Pergunto-me se eu poderia mesmo ter mudado o rumo dos acontecimentos, e se tivesse, quantos rumos a mais teria que alterar? Até quando me permitiria? Até quando alguém permite ver sua vida mudar, seus desejos e crenças pessoais mudarem por um único propósito incerto? Não foi por falta de vontade, não foi por falta de amor, não foi por falta de esforço. Isso nunca. Posso não ter dado ações que te dessem certeza, mas nunca menti para que tivesse certeza da dúvida.

É mesmo tão errado admirar as pessoas pelo seu caráter, responsabilidade, senso de justiça? Ou talvez por sua incapacidade de prejudicar alguém para alcançar objetivos, honrar pais, respeitar o espaço alheio? Será mesmo que é errado querer alguém que pense nas outras pessoas, que saiba que conquistar é preciso, que seja bom de verdade, que aprecie as coisas mais simples? Ou que apenas saiba aceitar os próprios defeitos sem que antes precise gritar em voz alta os defeitos alheios?

Que fique claro que aqui, não falo de você e muito menos estou querendo apontar qualquer coisa. Falo de mim, dos meus desejos, das minhas expectativas, do meu querer. Devo mesmo ter andado a vida toda por um mundo pessoal, um mundo onde as coisas são tão mais simples, onde as pessoas são tão mais reais. Eu me vi em algo totalmente novo, que me conquistou, me prendeu e me negou.

Eu quis. Quis mais do que poderia, mais do que deveria. Esforcei-me, mudei, te mudei. Acreditei, vivi e sonhei mais alto do que jamais havia feito antes. Mas de repente, me vi por dentro, me escutei, me precisei. Eu estava em algum outro lugar e não percebi minha ausência. Fui metade eu e metade algo que acreditei que precisasse ser. Não é culpa minha, nem sua, nem dos outros. Apenas não é.

Por incrível que possa parecer, preciso de mim agora. Preciso me conhecer, me perceber, me amar. Tenho tantos sonhos, e por algum motivo você ainda está em muitos deles. Quero-te bem. Quero-te muito bem. Quero-te aqui. E entendo a dificuldade do meu desejo, mas por mais fraca que eu possa ser, aprendi que 'sempre' não existe e 'nunca' não pode existir. Vejo-te em breve. Vejo-te muito em breve.

(Caroline França)

2 comentários:

  1. ow champz, manero seu blog e seus textos.

    1 observação: quando escolhe cores claras no texto a leitura fica prejudicada pelo fundo

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  2. Lembrarei-me nos próximos posts, champz! kkkk Obrigada, Fê. =D

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