Eu não chorei. Nem quando veio, nem quando foi. Não chorei quando a única coisa que eu quis ouvir era o que você não teve coragem de me contar, e eu quis matar você por isso. Não foi essa mentira em si, foram todas as possíveis verdades que se anularam por conta da mentira em questão. Digo possíveis, pois já não convém crer ou descrer nas mesmas.
E ainda com todos os talvez, eu não chorei. Nem uma lágrima, nem um soluço se quer. E é por isso que tenho vontade de te bater cada vez que passo pelo banco onde amava estar com você, cada vez que tomo suco de pêssego que detesto e você adora, ou cada vez que alguém reclama de coisas insignificantes como você gostava de fazer. E mesmo com todas essas coisas insuportáveis gritando em minha cabeça sobre quão cheios de você estão os meus dias, eu não chorei.
Esta noite, disquei seu número centenas de vezes, por infelicidade não adiantou apagar seu telefone do celular, já que não consegui esconder da memória mais este resquício de você. E não liguei! Por que ligaria? Aposto que sua covardia não o deixaria atender e seu orgulho o mataria se fizesse.
Aí então, sentada na cama, com um silêncio ensurdecedor e uma nostalgia doída, chorei. Chorei como criança, por me odiar ao sentir sua falta, ou por querer te amaldiçoar a cada vez que pensar em qualquer outra coisa senão em mim. Chorei como agora, ao escrever como você já não tem nada a ver comigo, e mais nada a ver com isso.
(Caroline França)
E ainda com todos os talvez, eu não chorei. Nem uma lágrima, nem um soluço se quer. E é por isso que tenho vontade de te bater cada vez que passo pelo banco onde amava estar com você, cada vez que tomo suco de pêssego que detesto e você adora, ou cada vez que alguém reclama de coisas insignificantes como você gostava de fazer. E mesmo com todas essas coisas insuportáveis gritando em minha cabeça sobre quão cheios de você estão os meus dias, eu não chorei.
Esta noite, disquei seu número centenas de vezes, por infelicidade não adiantou apagar seu telefone do celular, já que não consegui esconder da memória mais este resquício de você. E não liguei! Por que ligaria? Aposto que sua covardia não o deixaria atender e seu orgulho o mataria se fizesse.
Aí então, sentada na cama, com um silêncio ensurdecedor e uma nostalgia doída, chorei. Chorei como criança, por me odiar ao sentir sua falta, ou por querer te amaldiçoar a cada vez que pensar em qualquer outra coisa senão em mim. Chorei como agora, ao escrever como você já não tem nada a ver comigo, e mais nada a ver com isso.
(Caroline França)
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