Ela...

Estava sentada ali, sozinha, contemplando o sol que brilhava mais do que qualquer coisa naquele momento. Seu semblante era de profunda tristeza, desapontamento e uma pequena parcela de dor, que nem a beleza estonteante do ambiente seria capaz de cessar. Seu olhar permanecia vago, seus pensamentos pareciam voar para tão distante quanto lhe era possível e por vezes balançava a cabeça como que para espantar os pensamentos que persistiam em afligi-la. Notava-se claramente sua vontade de apenas desligar-se por alguns momentos de toda aquela bagunça a qual se encontrava. A tristeza que passava por seus olhos se cristalizava transformando-se em lágrimas que corriam lentamente sob seu rosto. E eu a observava à distância (...). Não sei dizer ao certo o porquê de tanta tristeza, só sei que há muito não via alguém com tanta verdade e sem pronunciar uma única palavra, eu preferiria que todos chorassem se assim desejassem, mas que não fingissem uma falsa felicidade.

(Caroline França)