" Uma tarde amena,...

Lido muito mal com a morte, passaria a eternidade vivendo sem nenhum problema.
Me dá a maior tristeza saber da existencia de tanta coisa que jamais poderei ver em vida.
Me especializaria em todo tipo de profissão, escutaria todas as musicas e de todos os tipos,

visitaria todos os lugares da cidade (...) Mas quase não temos tempo, quase não vivemos.
- Caroline França -

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Quase morrer não muda nada, mas morrer muda tudo."

Eu já deveria ter me acostumado. Contaram-me que seria assim. Mostraram-me que nada poderia ser feito. Tentaram desistência forçada. E ainda assim não acreditei, neguei-me a aceitar. Imaginava que a morte, por ser algo mais do que natural, não me afetaria. Quanta insensibilidade a minha! Quanta ingenuidade a minha!

Tenho loucura pela vida! E é exatamente por isso que me sinto tão insignificante ao ver uma vida se perder sem poder fazer nada. Ah, como dói o nada! Jamais imaginei que poderia existir sentimento igual, indescritível, inigualável, chega a ser quase como uma dor física. E única coisa que pude realizar, em um ato de conforto pessoal, foi desejar "Boa viagem, descanse em paz”.

Após uma retirada estratégica, permiti-me passar algum tempo nos corredores, observando a movimentação, e percebi então o que me diziam. A cada vida que ver partir, verei um pedaço meu implorar por socorro. Acreditem, é necessário muito mais força do que se imagina para conviver com a morte assim, tão silenciosa, tão constante, tão triste.

Quem sabe de hoje até a estação das flores, eu me acostume. Talvez me torne mais serena, mais insensível, talvez passe a encarar a morte com um quê de indiferença. Mas jamais me esquecerei do sentimento que vivenciei no dia de hoje, exatamente como disse Friedrich Nietzsche, sou um ser "Humano, demasiadamente humano!”.

(Caroline França)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deve ter razão de ser.

Sou extremamente habilidosa em bagunçar e dispersar as coisas mais lindas. Chega a ser quase como um hábito involuntário. Cheguei a culpar Deus pelo sentimento que cultivo em mim, ou melhor, pela dúvida sobre qual real sentimento reside em mim no atual momento. Seja lá o que for ou signifique, só não se esforce tanto em se afastar, querido.
(Caroline França)