" Uma tarde amena,...

Lido muito mal com a morte, passaria a eternidade vivendo sem nenhum problema.
Me dá a maior tristeza saber da existencia de tanta coisa que jamais poderei ver em vida.
Me especializaria em todo tipo de profissão, escutaria todas as musicas e de todos os tipos,

visitaria todos os lugares da cidade (...) Mas quase não temos tempo, quase não vivemos.
- Caroline França -

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Eu e minha mania patética de querer ser normal.

Perguntaram-me hoje sobre as minhas manias, quais são elas e se realmente me incomodam. Por incrível que possa parecer, passei algum tempo pensando e não consegui responder. Aliás, passei muito tempo pensando no assunto... Tenho mania de mexer no cabelo quando não sei o que fazer com as mãos, mania de olhar pros lados quando me deixam encabulada ou me sinto desconfortável, mania de limpar o fogão umas 30 vezes antes de cada refeição. Mania de ler horóscopo, de falar alto, chorar de raiva. Mania de ficar olhando as horas, de dormir no escuro absoluto, ficar arrumando simetricamente as cortinas. Mania de imaginar situações que, sinceramente, jamais conheceriam na vida real, de ensaiar discussões mentalmente, de mudar drasticamente de humor repentinamente, de começar o banho sempre pelo cabelo. Mania de planejar cada segundo da minha vida, de fazer besteira e pensar “melhor do que nada”, esperar surpresas dele mesmo detestando surpresas. Mania de escrever fazendo careta, de inventar explicações para tudo, dormir com medo de não acordar com o despertador, conferir se as canetas têm tampa (de-tes-to caneta sem tampa!)... E depois de um bom tempo, cheguei à conclusão de que essa minha mania de ter muitas manias está ficando séria!

(Caroline França)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Hope.

Natal e passagem de ano são as melhores e piores épocas do ano, pelo menos assim acredito. Piores, pois, tudo ao redor exala sentimentalismo, as pessoas ficam mais reflexivas, compreensivas e cheias dessa síndrome de “todos se amam”. Muito característico da época.  Chega a ser até um tanto quanto hipócrita, se analisarmos a parte onde todos nós fingimos esquecer as diferenças, brigas, indiferenças e confusões. O problema está no fato de que, passadas as festividades, voltamos aos seres humanos imperfeitos de sempre. Até o final do ano seguinte, claro.

Não que isto seja de todo ruim, auto reflexão é sempre importante, independente da época do ano, mesmo que com prazo de validade de 30 dias aproximadamente. Mas a parte boa de tudo isso é que, realmente, uma análise franca dos 365 dias passados, faz um bem danado. Este ano, por exemplo, acredito ter alcançado coisas incríveis. As fitas com cores coloridas para sorte, esperança, amor e afins, usadas todos os anos, podem não ter tido efeito prático, mas o psicológico fica cheio de esperança, e numa expectativa que só vendo.

Em 2011 viajei, orei e fui ver o mar. Chorei, meditei e vi o sol nascer algumas vezes. Conheci pessoas maravilhosas, e algumas não tão maravilhosas assim. Estudei, brinquei, briguei e esqueci-me do mundo por duas vezes. Conheci-me cada dia um pouco, perdi-me também em alguns momentos. E as risadas foram inúmeras, daquelas de perder o ar e a barriga doer, daquelas que fazem a gente ver que valeu tanto a pena ter nascido... Apaixonei-me e vivi coisas lindas, coisas as quais serei eternamente grata. Eternamente. E isto tudo sim, não tem preço!

As coisas podem e vão continuar sendo assim, todos os finais de ano. E eu continuarei agradecendo. Agradecendo por todas as pequenas conquistas diárias, pelos dias de sol e ainda mais pelos de chuva. Por cada sorriso arrancado de mim e por toda lágrima que se fizer presente. Por cada pessoa que cruzar meu caminho e, principalmente, por cada pedaço de si que deixarem de mim. Agradecerei por cada festa, por cada amigo, cada irmão que ganhei. Por respirar, por poder viver, por ter para quem e por quem viver... Que o ano de 2012 venha repleto de surpresas, diversas emoções, inúmeras conquistas, incontáveis amigos... Que abra muitas portas. Mas que abra, primeiramente, as do meu coração.


(Caroline França)